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Foto do escritorAline Rossi

Quais os riscos de investir em criptomoedas?

Com a popularidade das criptomoedas aumentando, é comum quase todo dia se deparar com reportagens mostrando pessoas que investiram em Bitcoin e acabaram milionários, porém vemos muitas notícias de pessoas que investiram e acabaram perdendo dinheiro.


Conhecer os riscos de se investir em Bitcoin é um passo importante antes de começar a mover os fundos necessários para essa atividade. Os perigos desse mercado são provenientes de diferentes fontes, porém, independente do motivo, tem o mesmo resultado: a perda do capital investido.

Confira os principais risco de investir em Bitcoin

Alta Volatilidade

A volatilidade do Bitcoin é muito alta. Isso significa que o valor do criptoativo oscila frequentemente e, muitas vezes, de forma brusca. Nos últimos anos a criptomoeda vem em um processo de alta, mas se uma avaliação de seu histórico for feita, ele também já contou com quedas absurdas.

As flutuações de preço do Bitcoin não podem ser previstas a curto prazo, o que faz com que o risco de prejuízo em investimentos seja maior caso seja necessário resgatar a quantia rapidamente. Porém, ao mesmo tempo, pode ser que o criptoativo conte com uma valorização nesse mesmo período. O processo se torna arriscado principalmente por essa imprevisibilidade.


Ataques Cibernéticos

Na internet, sempre que algo começa a ficar popular, pode ter certeza que criminosos virtuais irão começar a aplicar golpes relacionados a esse tema. Com o Bitcoin não é diferente, já que a grande atenção que a mídia vem dando para o criptoativo está fazendo muitos criminosos pensarem em formas de usar a moeda de forma ilícita.

O Bitcoin e as transações com a criptomoeda são muito seguras, principalmente pelo seu funcionamento baseado na tecnologia de blockchain - um banco de dados descentralizado, ou seja, não controlado por nenhum governo ou organização, que não podem ser alterados.

Porém, o mesmo não se pode dizer sobre as exchanges, as plataformas que intermediam a compra e venda de Bitcoins e outras criptomoedas, e das carteiras digitais, endereços na internet onde o dinheiro fica guardado, que podem sofrer ataques de criminosos.

É importante que os usuários sempre tomem medidas de segurança em suas carteiras digitais, como autenticação de dois fatores e senhas salvas em lugares seguros. Porém, mesmo assim, os ataques virtuais são riscos que podem atingir até mesmo os mais cautelosos.

Ausência de um comando centralizado

Visto que o Bitcoin é um dinheiro descentralizado, isto é, não há nenhum órgão ou administrador regulamentando o funcionamento da criptomoeda, não existe nenhuma instituição reguladora que possa realizar arbitragem em eventuais disputas ou problemas relacionados à criptomoeda.

Um exemplo simples desse risco pode ser encontrado em um simples envio de valores entre carteiras digitais. Caso uma das partes tenha enviado o valor para o endereço de carteira errada, não há como solicitar um estorno, já que a operação é irreversível.

Falta de regras e legislações

O Bitcoin também não conta com regras e legislações bem definidas na maioria dos países do mundo, fazendo com que qualquer disputa judicial seja uma novidade para os legisladores, já que não há casos anteriores para se basear.

Além disso, o fato de que a criptomoeda não é facilmente tributada pode levar a problemas com declarações de imposto sobre a renda em diversos locais do mundo. Por fim, a moeda ainda corre risco frequente de sanções dos mais diversos governos do mundo, que podem acabar ocasionando seu banimento em transações naquele território.

Dependência de Tecnologia

Diferente dos investimentos tradicionais, onde existem declarações e documentos físicos validando a existência deles, o Bitcoin só existe no mundo digital, e totalmente dependente de tecnologias.

É claro que ficar sem acesso a tecnologia iria causar muitos problemas além do não funcionamento do Bitcoin, porém o fato de uma pane geral tecnológica sumir com investimentos na criptomoeda é um risco real.

Ser superado por novas criptomoedas

O Bitcoin é uma ideia muito revolucionária para o mercado financeiro, e quanto mais popular ele fica, mais criptomoedas aparecem para tentar alcançar a mesma fama. Projetos como Dogecoin, apoiado por Elon Musk, e Ethereum, são exemplos de outras criptomoedas bem sucedidas. Essa concorrência pode, um dia, fazer com que o Bitcoin seja a criptomoeda menos valorizada, com outras tomando seu lugar.

Intervenção do governo chinês

A China é um país conhecido por suas restrições amplas, principalmente quanto ao uso da internet. O país localizado na Ásia tem um poderoso firewall, usado pelo governo para controlar a disponibilidade de diversos recursos da rede mundial de computadores. A principal relação do país com o Bitcoin atualmente são os mineradores, ou seja, os responsáveis por registrar transações da moeda.

Apesar dos riscos

Todos os riscos citados acima são reais, e podem atingir qualquer pessoa que decidiu começar a investir em Bitcoin. Porém, há cada vez mais leis do Brasil e do mundo, assim como operadoras e o próprio mercado vem tentando melhorar o cenário.

Por exemplo, há poucas semanas, o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios criou um grupo de trabalho dedicado a criptomoedas.

O grupo foi criado com o objetivo de acompanhar o processo de normatização das criptomoedas no Congresso Nacional, além de articular com entidades públicas e privadas o aprimoramento da base de conhecimento do ministério sobre o tema. Por fim, a iniciativa também busca viabilizar oportunidades de capacitação do assunto não só para membros do ministério ou do grupo de trabalho, mas também para a sociedade em geral.

Iniciativas como a criada pelo Ministério Público do Distrito Federal são parte do esforço para melhor entendimento do mercado de criptomoedas e da diminuição do risco presente para as pessoas.

Mesmo que os riscos de investir em Bitcoin sejam reais, existe um esforço para melhorar o cenário. E, como dito no começo desta matéria, nenhum investimento é 100% seguro, sempre tendo possibilidades de perda de capital.



Fonte: CNN Brasil, Forbs, Infomaney


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